Os dirigentes da Youse e da Caixa Seguradora, mais uma vez, deturpam a realidade, utilizam uma versão fantasiosa e abusam de inferências eivadas de premissas inconsistentes na desesperada tentativa de convencer a sociedade de que vêm sendo vítimas de perseguição.

Tentam, com isso, desviar a atenção da sociedade da verdade, qual seja, estão operando ilegalmente no setor. E isso é fato.

Através dessas ações, que beiram uma postura inidônea, os dirigentes dessas empresas tentam comprovar sua versão surreal, fazendo alusão a situações que, embora pareçam similares, nada têm a ver com a sua atuação claramente irregular e, acima de tudo, à margem da legislação em vigor.

Repetimos e reafirmamos, para não deixar dúvidas: a Fenacor não é contra a inovação, a evolução e a venda de seguros pela Internet.

Até porque, essa já é uma prática comum no mercado. Esta Federação apenas se posiciona, como não poderia deixar de ser, contrária à forma irregular e abusiva adotada pela Youse para se apresentar à sociedade e ao mercado.

A Fenacor não combate a Youse para garantir exclusividade e reserva de mercado aos corretores. Até porque, isso não existe. Essa briosa categoria, constituída por mais de 100 mil profissionais, não necessita disso, pois mesmo as seguradoras podendo fazer venda direta aos consumidores, mais de 90% dos contratos de seguros efetuados no Brasil têm a participação dos corretores profissionais, livremente escolhidos pelo consumidor, que reconhecem a qualidade do serviço prestado por esses assessores/consultores no processo de escolha da melhor cobertura e custo-benefício para cada necessidade.

Esse percentual expressivo mostra que a sociedade brasileira se sente protegida e devidamente amparada quando recorre aos serviços de um corretor de seguros legalmente habilitado e registrado.

A nossa intenção é, acima de tudo, defender os interesses dos consumidores, que podem ser atraídos por um plano de marketing desonesto, feito para enganar incautos e gerar lucro fácil de forma rápida, como no seguro de vida comercializado pela Youse, no qual, em caso de morte natural, a cobertura, estranhamente, somente poderá ser utilizada após 18 meses da contratação, ou seja, o seguro pago durante um ano e meio não traz direito à indenização.

E essa é apenas uma das armadilhas escondidas nas condições contratuais impostas por essa empresa que, repetimos, não é autorizada a operar.

Nesse contexto, a Fenacor lamenta que pessoas mal informadas, inclusive jornalistas, “comprem” a versão rocambolesca da Youse de que a nossa movimentação em defesa do mercado e de proteção ao segurado se assemelha à “guerra” declarada pelos motoristas de táxi ao Uber.

Esse argumento é totalmente absurdo. Até porque, a Youse está muito longe de se parecer com o aplicativo de transporte de passageiros. Muito pelo contrário. Tem muito mais semelhanças com aquela van do transporte alternativo, irregular, que, mesmo nova, é ilegal e conduzida por alguém sem habilitação, colocando a vida de todos em elevado risco.

Portanto, as autoridades precisam estar atentas ao que está, efetivamente, por trás da Youse, do seu marketing mentiroso e da sua atuação irregular e ilegal.

Não é verdadeira também a alegação da Youse de que há demora excessiva no processo de análise do seu pedido de autorização para operar no mercado de seguros, no âmbito do órgão fiscalizador desse segmento, a Susep.

O que ocorreu, de fato, foi que a Youse atropelou o órgão regulador e, desde fevereiro, vem atuando sem registro e autorização.

A Fenacor, também em defesa dos interesses dos consumidores, entende que a autorização, seja para qual empresa for, independentemente dos seus acionistas, deve ser analisada e medida com todo o cuidado e atenção, pois o que está em jogo é a proteção da vida e do patrimônio das pessoas e a continuidade dos negócios das empresas.

O que não pode ser permitido é o atropelo da lei, como vem sendo feito pela Youse, que já foi notificada pela Susep por estar atuando irregular e ilegalmente no mercado de seguros.

Por fim, causa apreensão também o fato de o presidente da Youse ter enfrentado, recentemente, sérios e graves problemas na Justiça por comandar outra empresa, acusada de atuar sem autorização no mercado financeiro.

A Fenacor não vê na sua legítima atuação em prol de um mercado cada vez mais forte e no resguardo dos interesses do consumidor qualquer risco para futuros negócios projetados pela Caixa Econômica Federal, que detém o controle da Youse, como o possível IPO da sua área de seguridade.

Ao contrário, pois quanto mais transparente, legal e regular for a atuação das empresas que integram essa área, maior será a valorização da marca no momento em que for realizada a abertura de capital, propiciando a obtenção de resultados bem mais expressivos.

Fonte: Fenacor

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