Por Marcelo Tenedini

Pesquisando, participando de eventos diversos, conversando com Superintendentes das maiores e melhores seguradoras ranqueadas na SUSEP e analisando SEGUROS nos últimos anos, pude constatar enorme urgência e necessidade por parte dos Corretores e das Seguradoras, no contexto nacional e também internacional, por inovação (ou seria renovação) em seus produtos, processos e processamento de informações.

A conjuntura (mercado, economia, pessoas e etc) mudou drasticamente e ter um bom site, um bom seguro, uma boa assessoria e um esquadrão de corretores não é mais suficiente… hoje é primordial corretores de seguros focados em encantar, educar, surpreender o segurado com algo a mais…

Atualmente são necessárias as vendas consultivas de seguros, onde se analisam as necessidades reais, orçamento, contexto, futuro e a tal da Persona (em substituição ao Perfil do século XX). Por isso a palavra de ordem para todo o ecossistema de seguros é reinventar-se.

Prova disso é o choque de gerações (X, Y, Z e as que estão por chegar na economia, tipo a Alpha), as mudanças de hábitos, as transformações que um aplicativo provoca, a telemetria, o que uma insurtech traz para o mercado e as tendências futuras que estão por vir.

Neste contexto, nós, corretores de seguros brasileiros, precisamos ser mais críticos, desafiadores, pioneiros e, por que não, buscar incansavelmente inovação (renovação)?

Sem esquecer o passado e nossos históricos, novas referências e mais flexibilidade nos produtos são imprescindíveis. Considero urgente o desenvolvimento de produtos populares para combater e extinguir a ação das associações de proteção (cooperativas de proteção), sem desprezar experiências e conhecimentos importantes, que hoje em dia ainda são realidades absolutas no contexto dos produtos da pujante indústria de seguros.

Nossa nova geração de clientes busca por produtos mais FLEX, como seguro de vida que ofereça a cobertura de câncer de próstata, de útero, de ovário; seguro ou plano de saúde com ou sem obstetrícia; que considerem gênero para cálculos no seguro automóvel, por exemplo, já que estamos nos adequando às Personas e não mais ao Perfil do segurado.

Outra realidade é que os novos consumidores não priorizam mais a posse, mas sim o compartilhamento por significar menos consumo e mais diversão e experiências. Com a prática do carro compartilhado e a perspectiva de veículos autônomos, também surgem novas necessidades, novas estatísticas, novos cenários, novas possibilidades.

Como consequência dessa transformação no mercado, adequações e flexibilizações nas relações diretas da indústria de seguros, que engloba seguradoras, corretores, segurados, ENS, SINCOR, SUSEP, IBRACOR, FENACOR e CNseg serão essenciais para que tenhamos em breve a tão desejada cultura securitária em um país que anseia por educação de trânsito, ambiental, financeira, previdenciária e política.

A tecnologia é linda e necessária, mas esbarra em variáveis humanas. Que sejamos inovadores na busca de oportunidades e competentes no desenvolvimento e crescimento sustentável do mercado de seguros, com leads, robôs, disrupção, insurtechs, blockchain, inteligência artificial (I.A.) e seres humanos.

 

Escrito ou enviado por  Marcelo Tenedini via /Cqcs/

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