Riscos ambientais, econômicos e sociais devem ser levados em consideração para o progresso do setor até 2030

Desenvolver-se sustentavelmente, pensar em como atuar no futuro, sempre enfrentando desafios e aproveitando as oportunidades. É esse o cenário atual do mercado segurador, por isso é necessário observar os avanços dos Princípios para Sustentabilidade em Seguros (PSI, na sigla em inglês).

O PSI foi lançado em 2012, no Brasil, durante o Rio+20, desenvolvido pela Iniciativa Financeira do Programa para Meio Ambiente das Nações Unidas, os Princípios são uma estrutura para o mercado de seguros global tratar de riscos e oportunidades ambientais, sociais e de governança. “Sempre partimos da premissa que o setor de seguros tem três papéis, o primeiro é como absorve os riscos financeiros, o segundo é o papel como investidor; o terceiro, talvez o mais importante, o ramo de seguros como gerenciador de riscos, como eles são identificados, variados, prevenidos e reduzidos antes mesmo de criarmos uma transação financeira”, explicou o líder da Iniciativa

Financeira, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Butch Bacani, que administra a iniciati va PSI, durante a mesa-redonda “O Seguro no Brasil em 2030: fortalecendo o seguro para o desenvolvimento sustentável”, realizada pela CNseg, ontem, 14 de setembro, em São Paulo.

O que começou no Brasil em 2012, com 37 empresas, se expandiu pelo mundo com 90 empresas signatárias do PSI, que hoje é a maior iniciativa colaboradora entre todo o sistema da ONU e a indústria de seguros. As empresas signatárias dos PSI representam 20% do mercado global, com US$ 14 trilhões em ativos.

Case

Um dos cases citados foi a Swiss RE, como a primeira empresa que publicamente desenvolveu um trabalho de sustentabilidade. “O que é interessante é que a resseguradora global está aplicando uma estrutura de riscos a sustentabilidade, não somente aos negócios de seguros, mas também para o seu negócio de gerenciamento de ativos”.

Todo o projeto PSI de resistência global olha como a redução de risco de desastres levará a menos prejuízos econômicos e ambientais a comunidades mais seguras com preços mais praticáveis. “A realidade é que podemos segurar qualquer coisa que podemos precificar, mas será que esse preço é acessível? A única forma de ter um preço coerente é tratando a causa da raiz que leva à resiliência e à redução dos riscos dos desastres globais”, explica Bacani.

Com base em consulta global a Iniciativa Financeira, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, elaborou um relatório para 2030, para entender como estavam as políticas sustentáveis das seguradoras. “Com isso, aprendemos que, olhando a indústria de seguros e o desenvolvimento sustentável, existe uma dimensão de gerenciamento de risco. Entendemos também que precisamos de reguladores e legisladores para impulsionar essa agenda para o desenvolvimento sustentável do seguro de forma mais estratégica. Além disso, em nível global, é preciso haver uma rede forte de seguros para o desenvolvimento sustentável, o que já está acontecendo com algumas empresas associações e entidades do setor se filiando ao PSI”, diz o líder da Inici ativa Financeira, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Butch Bacani.

Fonte: Revista Cobertura

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